Volume de Negócios? Faturação? Com tantos termos e tarefas relacionados com a contabilidade e com a gestão, torna-se complicado acompanhar a par e passo a evolução do seu próprio negócio. Isto porque tudo gira em torno daquilo que a AT – Autoridade Tributária e Aduaneira define, para não resultar em coimas.
Consoante o volume de negócios, há ainda algumas mudanças na caracterização do negócio e também na tributação, por isso é que estar atento(a) a este indicador-chave de desempenho (KPI) é tão importante.
Volume de negócios: o que é?
Volume de negócios (ou turnover) é o valor líquido do total das vendas de bens e serviços do CAE principal de uma empresa, tendo em conta o seu inventário, num determinado período.
Isto após a dedução de descontos e impostos, mas sem a dedução de despesas e sem contar com os rendimentos de CAE secundários, portanto diz respeito à atividade operacional principal.
Volume de negócios vs faturação
A faturação pode coincidir com o rendimento bruto da empresa, mas nem sempre coincide com o volume de negócios. A empresa pode ter mais receitas, resultantes da operação sob vários CAE de atividade ou da parceria com terceiros, do que volume de negócios. Todos esses dados fazem parte da faturação.
O volume de negócios diz respeito às vendas e prestação de serviços realizadas face ao seu stock. Isto quer dizer que o volume de negócios pode ser elevado e os lucros, proveitos ou ganhos serem baixos ou haver mesmo prejuízo, o que poderá significar que a margem de lucro é muito baixa, há demasiadas despesas ou a gestão do stock é ineficiente.
Dependendo dos resultados, por vezes o volume de negócios pode ser um indicador para repensar a atividade na sua globalidade (em que CAE deve investir mais, como criar equilíbrio entre o stock e as vendas, etc).
A importância do KPI Volume de Negócios
Ouvimos os nossos economistas falar em volume de negócios, o Governo fala em volume de negócios, o INE fala em volume de negócios, os media falam em volume de negócios . Mas porque é assim tão importante?
Porque é o valor apurado do volume de negócios de uma empresa que irá ditar se esta estará a crescer, sendo por isso uma métrica de avaliação do desempenho das empresas, da saúde do negócio e do seu valor no mercado.
Após apurar o volume de negócios, pode definir-se a tributação a aplicar, o normativo contabilístico que se adequa, o enquadramento enquanto micro, pequenas, médias e grandes empresas, etc. Este indicador-chave de desempenho é determinante para efeitos fiscais. Vejamos o que o artigo 143 do Código do IRC diz sobre volume de negócios.
- Acompanhar melhor a gestão financeira
Controlar o volume de negócios é ainda um dos pontos importantes na manutenção do seu plano de gestão financeira para ir acompanhando a performance da empresa, definindo estratégias futuras.
Através de um registo regular das vendas realizadas, será relativamente fácil calcular o total de vendas, apurar os lucros e depois entender que mudanças deverão ser implementadas. Aqui também entra o InvoiceXpress, que, com todas as suas funcionalidades (dados e relatórios), será uma ajuda fundamental para fazer estes cálculos.
Por exemplo: Se ao volume de vendas retirarmos os custos (dos produtos e serviços e das operações) obtemos o lucro ou rendimento. Se o lucro for baixo em comparação com o volume de vendas, significará que necessita de encontrar formas de reduzir o custo dos produtos, das matérias-primas ou das operações. Pode ser a altura indicada para verificar a cadeia de transporte ou entrega dos seus produtos e renegociar com fornecedores.
- Chegar a conclusões
Se num determinado período, o total das vendas, receitas ou faturação é elevado, significa que há grande circulação de produtos, ou seja, há renovação de inventário. Se o volume de negócios for elevado significa que vende muito, que escoa o stock, mas pode não significar maior taxa de lucro, pois dependerá das margens negociadas ou dos custos.
Em situação inversa, pode ter um volume de negócios mais baixo, mas margens de lucro mais elevadas, menos custos associados e, no final, obter melhores resultados líquidos.
Todos estes termos que mencionamos (volume de negócios, lucros, faturação), no fundo, podem ser usados como métricas para medir o desempenho de uma empresa (KPIs) na sua globalidade, de uma área de negócio ou de um departamento.
Os indicadores-chave são escolhidos consoante aquilo que se pretende medir: se o desempenho global de uma empresa (KPI volume de negócios), se o desempenho do departamento de comércio online (KPI volume de negócios do ecommerce), entre outros.
Como calcular o volume de negócios?
Para calcular o volume de negócios devem considerar-se os dados da contabilidade (que incluem os dados descarregados do software de faturação online InvoiceXpress) relativos à venda de produtos e serviços.
Se pensarmos de forma simplista, bastará dividir o valor das vendas totais após dedução de descontos e impostos, pelo stock ou inventário. Esta operação faz-se tendo em conta um determinado período de atividade. O resultado indicará qual a velocidade das nossas vendas.
Volume de negócios = vendas totais / stock
Mas não é assim tão simples. Existem variáveis a considerar.
Por exemplo:
Sabemos que as vendas flutuam ao longo do ano (em especial em negócios sazonais); sabemos também que o valor das vendas é o valor do mercado e o inventário é o valor do custo.
Deste modo, os resultados podem não ser assim tão fiáveis, dependendo dos dados que se usarem nos cálculos. Há empresas que preferem usar os dados do custo das mercadorias vendidas em detrimento das vendas totais para calcular o volume de negócios. É também indicado adicionar a estes cálculos o rendimento de operações com terceiros, caso as vendas do CAE principal sejam inferiores a 75% das vendas.
Para perceber melhor a variação nas vendas, pode usar-se a métrica “média de stock”, calculada somando o inventário inicial ao inventário final e dividindo por 2, tendo em conta o período a analisar.
Média de stock = (inventário inicial+inventário final) / 2
Estes indicadores ajudam a equipa de gestão a tomar decisões sobre o tipo de produção, mas também a equipa de marketing poderá decidir estratégias para inverter os números do volume de negócios, impulsionando as vendas. O ideal é que a proporção – inventário e vendas – seja equilibrada.
Se o inventário for baixo pode significar que a empresa está a vender bem, mas também pode resultar numa dificuldade em ter produto para satisfazer os clientes, fazendo com que fujam para a concorrência. Aqui está a prova que a gestão do stock é importante.
Apesar do cálculo do volume de negócios parecer simples, é importante conversar com o seu contabilista uma vez que o resultado terá implicações fiscais.
Recorra aos relatórios que o InvoiceXpress, programa de faturação online certificado, disponibiliza para criar os seus mapas financeiros. Lembre-se ainda que a integração do InvoiceXpress com ferramentas de CRM (programa para gestão de clientes) permitirá conhecer onde está o maior volume de vendas ou onde poderá estar aquele cliente que lhe consome mais recursos.