O digital em Portugal em 2024: a utilização da internet e das redes sociais

Saiba quais são as tendências do digital para 2024 em Portugal. Estude cada uma delas e aplique-as nas suas estratégias de Marketing Digital.
O digital em Portugal em 2024: a utilização da internet e das redes sociais - Saiba quais são as tendências do digital para 2024 em Portugal. Estude cada uma delas e aplique-as nas suas estratégias de Marketing Digital.

Depois de analisarmos os dados globais e as tendências do digital para 2024, vamos debruçar-nos sobre os hábitos digitais dos portugueses, detalhando o Relatório Digital 2024 – Portugal, compilado pela Datareportal. Neste artigo, ficaremos a conhecer como os portugueses usam a internet, as redes sociais e qual o seu comportamento enquanto consumidores online.

Esta informação é valiosa para incluir, de alguma forma, nas estratégias do seu negócio para 2024, para construir as suas estratégias de Marketing Digital e para ajudar na sua jornada de empreendedorismo digital.

Vamos arregaçar as mangas, porque não queremos deixar escapar pitada de informação.

Utilizadores de internet em Portugal: dados globais

Segundo dados recolhidos no início do ano, Portugal tem 10,24 milhões de habitantes, sendo composto por 52,8% de mulheres e 47,2% de homens, cuja média de idades ronda os 46 anos. Sendo um país envelhecido, a maioria da população (23,5%) tem idade acima dos 65 anos. A população mais ativa, entre os 25 e os 34 anos, é de apenas 10,9%.

A maioria da população (68,1%) vive nas zonas urbanas, enquanto 31,9% vive em áreas rurais. De acordo com o Censos de 2021, na última década (entre 2011 e 2021) a população concentrou-se mais no litoral e próximo da capital portuguesa: Lisboa. 

Do total de habitantes, 8,84 milhões são utilizadores de internet, chegando a 86,4% da população. Em 2023, os utilizadores de Internet diminuíram ligeiramente.

Apesar da penetração de internet ser elevada, há ainda uma percentagem (13,6% – 1,39 milhões) de habitantes portugueses que está “off” da internet.

O acesso à internet faz-se maioritariamente via telemóvel (97,3% dos utilizadores acedem via mobile). Em Portugal totalizam-se 14,26 milhões de ligações móveis,  68,9% via Android, entendendo-se que há mais do que um telemóvel por habitante. E o número continua a crescer.

O tempo passado nos telemóveis é de 3h35min, sendo dividido maioritariamente entre aplicações de entretenimento (34,5%) e  redes sociais (30,1%). Apenas 15% é usado em jogos e 5,95% do tempo é usado em browsers ou motores de busca.

Dado que a forma como os dados foram recolhidos e analisados poderá ser diferente dos anos anteriores, assim como a forma como as plataformas os disponibilizam, é incorreto fazermos comparações lineares com dados do ano passado, contudo pode consultar o relatório sobre o digital para 2023, para ter uma visão geral da realidade passada.

O uso da Internet em Portugal

A velocidade dos dados móveis ou da rede fixa para aceder à internet acelerou no ano passado até ao início deste ano em mais de 36% e mais de 29%, respetivamente. O que contribui para o aumento da utilização dos dispositivos digitais.

Mas, qual o meio que os portugueses usam para se ligar à internet?

Que meio possuem os portugueses para aceder à internet?

O telemóvel é o meio de eleição dos portugueses para aceder à internet. E se no passado era já uma tendência, este ano continuará a ser uma tendência do digital para 2024.

Vejamos: 92,8% da população possui um telemóvel, verificando-se um crescimento face a 2023. 99% dos utilizadores portugueses acedem à internet através de dispositivos móveis (passando neles 3h35min 47,4% do tempo total de internet), enquanto 96,1% usa a internet através de um computador de secretária, portátil ou tablet (despendendo 3h57min), sendo cada vez menos os utilizadores a fazê-lo.

Eis a percentagem de utilizadores que detêm cada dispositivo:

  1. Donos de Telemóvel:
    2022 (dados de 2021): 93,75% 
    2023 (dados de 2022): 98,2%
    2024 (dados de 2023): 97,3%
  2. Donos de Computador pessoal:
    2022 (dados de 2021): 83,9% 
    2023 (dados de 2022): 79,4%
    2024 (dados de 2023): 84,5%
  3. Donos de Tablet:
    2022 (dados de 2021):82,9 % 
    2023 (dados de 2022): 47,4%
    2024 (dados de 2023): 35,6%

Como os utilizadores portugueses usam a Internet?

96,8% dos utilizadores de internet usam redes sociais, estando em franco crescimento. No entanto, a Televisão continua a ser vista por uma grande maioria dos utilizadores (95,6%), ainda que também se verifique uma diminuição deste comportamento. Contudo, a televisão streaming ou on-demand tem verificado um crescimento anual, sendo que 67% dos utilizadores a recorrer a este serviço, podendo continuar a ser uma tendência do digital em 2024 a ter em conta.

Ao contrário do que se poderia pensar, verifica-se crescimento na leitura de imprensa em papel (66,3%), no consumo de conteúdo da rádio (85,5%), assim como em serviços de música online (63%) e podcasts (64%). É de notar ainda que os utilizadores da internet em Portugal têm lido menos imprensa digital (54,9% -1,3%).

Quanto tempo passam os portugueses online?

De acordo com os dados do relatório Global sobre o Digital em 2024, Portugal é o país europeu que mais tempo passa a navegar na Internet (7h30), dispensando do seu tempo 2h53min para ver televisão e streaming e dedicando 2h23min às redes sociais.

Para ler imprensa online, ouvir música em suportes digitais ou ouvir rádio investe pouco mais de uma hora. Gasta menos do que isso a ouvir podcasts (mas onde se verificou crescimento) ou a jogar jogos de consola. A utilização deste tipo de jogo tem vindo a decrescer (-13%). Apesar de os portugueses passarem muito tempo online, de um modo global, o tempo diário passado na internet diminuiu em média 6 minutos face a anos anteriores.

O que os utilizadores fazem na internet? 

Atividade2024 (dados de 2023)2023 (dados de 2022)2022 (dados de 2021)
Procurar Informação82,3%80,5%82,4%
Acompanhar notícias e acontecimentos da atualidade69,9%67,3%69,2%
Pesquisar como fazer qualquer coisa69,8%68,6%71%
Contactar com amigos e família67,7%66,1%70,2%
Procurar informações sobre férias, viagens e destinos65,7%60,6%62,4%
Procurar novas ideias e inspiração64,1%61,3%64,8%
Saber mais sobre produtos ou marcas62,8%60,5%64,4%
Ouvir música62,7%61%65%
Ocupar o tempo livre51,9%52,4%56,5%
Ver vídeos, programa de TV e filmes51,7%51,2%53,5%
Tabela comparativa 2022-2024

Nos últimos anos, e de acordo com a tabela, os portugueses continuam a usar a internet para procurar informação, mas usam-na menos para ocupar o tempo livre.

Em 2024, e à semelhança de anos anteriores, menos de metade dos utilizadores divide-se entre procurar questões relacionadas com a saúde, gerir as suas finanças e poupanças ou estudar. Cerca de 30% usam para jogar ou para pesquisar assuntos relacionados com negócios.

Quais os sites mais visitados em Portugal?

Em Janeiro, de acordo com dados da GWI.COM citados no estudo da Datareportal, a atenção dos portugueses virou-se para as redes sociais (98%), conversação e mensagens (97,3%) e motores de pesquisas e portais (93,1%)

Pondere incluir nas suas estratégias de marketing digital ações nestas plataformas, como anúncios nas redes sociais e em pesquisa, ou criação de canais e comunidades no Whatsapp. No caso dos motores de pesquisa, o mais usado foi o Chrome (67,1%), seguido do Safari (14,1%). 

Contudo, a plataforma de análise de tráfego, Similarweb, também citada neste estudo, indica que de dezembro de 2022 a novembro de 2023, ou seja, no último ano, o Google.com continuou a liderar a preferência com 372 milhões de visitas/mês, seguido do Youtube.com com 167 milhões e o Facebook com 84,5 milhões. Estas duas plataformas registaram menos visitas face ao ano passado.

Por sua vez, os dados da plataforma Semrush, outra das fontes do relatório da Datareportal, especialista em SEO e marketing de conteúdo, apresentam dados mais recentes, entre setembro a novembro de 2023, em que os TOP 3 de sites mais visitados continua o mesmo, mas com visitas mais impressionantes: Google.com 589 milhões, Youtube 295 milhões, Facebook 75 milhões.

Em 2023, as pesquisas com maior volume mantiveram-se relativamente a 2022, com uma ou outra subida ou descida no ranking, e foram, entre outras: 

  1. Portugal
  2. Meteorologia
  3. Tempo
  4. Porto
  5. Tradutor
  6. Google
  7. Facebook
  8. Youtube
  9. Benfica
  10. Finanças
  11. Segurança Social
  12. Sapo

Uma outra tendência do digital para 2024 será a forma como os portugueses acedem à informação na Internet. Assim, os portugueses acedem à informação online, maioritariamente, através de motores de busca (93,1% todos os meses). Mas também usam outras formas de encontrar informação: 

  • Redes Sociais (48,5%);
  • Digitalizando um QR Code (48%);
  • Usando serviços de tradução online (42,9%);
  • Pesquisando por imagens (33,9%).

E, por fim, os utilizadores de internet portugueses recorrem a assistentes de pesquisa por voz (11,8% a cada semana).

Que conteúdo consomem os portugueses na internet?

O vídeo continua a ser o conteúdo de preferência dos internautas portugueses e o interesse está em crescendo: 94,1% dos utilizadores de internet vê vídeos.

No entanto, os utilizadores portugueses têm preferências por diversos formatos como videoclipes (53,2%), vídeos cómicos ou virais (44,1%), diretos/lives (19,4%), tutoriais em vídeo (27,9%), vídeos educacionais (20,5%), críticas/opiniões sobre produtos (20,1%), vídeos de desporto (19,9%), vlogs de influencers (20,1%) e videogaming (19,8%). Já sabe que se não quer ficar de fora, o vídeo é um conteúdo a explorar para o seu negócio.

A Televisão está também em alta. 99,4% dos utilizadores de internet portugueses vê TV e esta percentagem mantém-se de anos anteriores. Traduzindo em horas, serão 2h53min por dia.

Do total de utilizadores que vêem TV, 32,7% do tempo é investido em conteúdo de streaming online. Relativamente ao conteúdo áudio, 53,2% vê vídeos de música (videoclipes), mas o interesse diminuiu face a anos anteriores.

Por outro lado, verificou-se maior interesse noutros formatos de música online. 38,1% ouve música online, 25,8% sintoniza rádios online, 28,6% ouve podcasts e, numa percentagem inferior, 8,3% dos utilizadores ouve audiobooks.

O uso do homebanking em 2023 também cresceu ligeiramente face a anos anteriores. 21,9% usa o site ou a aplicação do banco, 23,9% usa serviços de pagamento online como o Apple Pay. O interesse nas criptomoedas desceu bastante (-22,9%) e apenas 13,4% dos utilizadores de internet usam esta moeda virtual.

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O uso das redes sociais em Portugal – destaques

O uso das redes sociais continua a ser uma tendência do digital em 2024, como demonstra o relatório de uso global da internet em 2024.

Os utilizadores ativos nas redes sociais registados em janeiro de 2024 é de 7,43 milhões (podem não ser utilizadores únicos, mas com várias redes sociais), representando 72,6 % da população portuguesa

Do total de utilizadores de internet em Portugal, 84% usa ou usou pelo menos uma rede social em janeiro deste ano. Nas redes sociais estão presentes mais mulheres (50,8%) do que homens (49,2 %), mas há exceções. No Linkedin e no Twitter esta tendência inverte-se, verificando-se maior presença de homens. 

Algumas redes sociais como, por exemplo, o Facebook Messenger, o Linkedin e o Pinterest cresceram na sua globalidade. Mas, por outro lado, as restantes redes – Facebook, Instagram, Tik Tok, Snapchat e Twitter (X), apesar de crescerem, verificaram uma descida no último trimestre de 2023 que afetou os resultados globais. O Youtube mantém-se, mais ou menos, inalterado.

5 principais Razões para os portugueses usarem as redes sociais 

  1. Contactar com amigos e família (63%);
  2. Passar o tempo livre (54,7%);
  3. Ler notícias (49,9%);
  4. Procurar inspiração sobre o que fazer ou o que comprar (37,4%);
  5. Procurar conteúdo (artigos, vídeos) (36,8%);

Redes Sociais mais usadas em Portugal

  1. Whatsapp (90,3%);
  2. Instagram (85,2%);
  3. Facebook (82,8%);
  4. Facebook Messenger (71%);
  5. Tik Tok (46,1%);
  6. Pinterest (40,4%);
  7. Linkedin (38,6%);
  8. Telegram (33,2%);
  9. X (Twitter) (32,7%).

Estas são as redes sociais mais usadas em Portugal, mas quando os utilizadores são questionados sobre quais são as suas favoritas, o ranking muda ligeiramente. Na realidade, vai ao encontro de dados semelhantes do Relatório Global sobre o Digital.

O Instagram, continua na linha da frente como favorita, sendo esta uma tendência de marketing digital que já vem do ano passado. Ao nível nacional não se verifica tanto a ”luta” entre Instagram e Tik Tok como verificámos no relatório global.

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Redes Sociais favoritas para os portugueses

  1. Instagram (33,1%)
  2. Whatsapp (24,3%)
  3. Facebook (18,8%)
  4. Tik Tok (7,6%)
  5. Facebook Messenger (3,1%)
  6. X (Twitter) (2,7%)
  7. Pinterest (2,4%)
  8. Telegram (1,6%)
  9. Reddit (1,3%)
  10. Linkedin (1%)

Entre as redes que são mais usadas em Portugal ou as indicadas como favoritas, o tempo que é gasto em cada uma delas também varia e altera o ranking. O relatório global refere que os utilizadores passam mais tempo no Tik Tok, mas acedem mais vezes ao Instagram, mesmo que, no total, signifique menos tempo de permanência no Instagram. Neste caso, o Whatsapp lidera com o maior número de vezes que é acedida

TOP Acessos

  1. Whatsapp
  2. Instagram
  3. TikTok

Tempo passado em cada rede social por mês

  1. TikTok – 36h38min
  2. Youtube – 25h39min
  3. Instagram – 17h19min
  4. Facebook – 14h59min
  5. Whatsapp – 10h31min
  6. Facebook Messenger – 3h36min
  7. Twitter – 3h03min

O Linkedin, o Snapchat, o Pinterest e o Telegram ocupam menos tempo aos portugueses, ou seja, entre 31min a 2h32min.

Para a pesquisa de marcas ou produtos, os portugueses usam as redes sociais (48,5%), além de outras formas com menor expressão, como sites com perguntas e respostas, serviços de live chat, fóruns, Pinterest e vlogs.

Se quiser criar parcerias com outros negócios online, equacione aqueles que os utilizadores seguem mais, desde que se identifiquem com os objetivos do seu negócio. Veja quais são os negócios que os utilizadores seguem mais.

Tipos de negócios ou páginas online mais seguidos

  1. Amigos e família;
  2. Músicos e bandas;
  3. Atores e comediantes;
  4. Entretenimento e paródia;
  5. Restaurantes e Chefs;
  6. Influenciadores.

O que aconteceu nas redes sociais?

Na sua generalidade, as redes sociais cresceram face a 2023, com exceção do Youtube que se manteve e do Snapchat que caiu.

Vamos confirmar os dados que mostram a tendência do digital para 2024 em cada plataforma.

  • O que aconteceu no Facebook – ligeiro crescimento

Segundo dados da Meta, em Portugal existem 5,95 milhões de utilizadores do Facebook, de entre os 73,2 milhões que estão contabilizados no sul da Europa. O potencial de alcance dos anúncios aumentou ligeiramente (0,8%) nesta plataforma, depois de ter verificado decréscimo entre outubro de 2023 e janeiro de 2024. Assim, o alcance é de cerca de 58% do total da população portuguesa, atingindo 67,3% dos utilizadores de internet portugueses, maioritariamente mulheres (51,7%).

O Facebook é a rede social que mais tráfego direciona para outros sites.

O conteúdo com fotos é aquele que maior relacionamento gera, estando à frente dos vídeos. Em sentido oposto, estão as publicações com links, que geram pouco engagement.

  • O que aconteceu no Youtube – mantém

Os dados indicam que, em Portugal, existem 7,43 milhões de utilizadores de internet no Youtube, sendo equivalente a 72,6% da população portuguesa, chegando a 84% dos utilizadores de internet, maioritariamente mulheres, ainda que seja bastante equivalente à percentagem de utilizadores homens. Contudo, os anúncios chegam a mais homens (81,8%) do que mulheres (73,1%).

O relatório da Datareportal refere que os dados se mantêm relativamente ao ano de 2023.

  • O que aconteceu no Instagram – crescimento

As ferramentas de anúncios da Meta mostram que no Instagram existem 5,80 milhões de utilizadores, representando mais de 56% da população e mais de 65% dos utilizadores de internet, prevalecendo igualmente o público feminino.

Assim como no Facebook, também no Instagram se verificou um ligeiro decréscimo entre outubro 2023 e janeiro 2024, desconhecendo se poderá dever-se a uma alteração na recolha de dados por parte da META. No ano transato, os números indicam que houve um crescimento desta plataforma em 9,4%.

  • O que aconteceu no TikTok – crescimento

O TikTok tem em Portugal 3,67 milhões de utilizadores (maiores de 18 anos), chegando a 42,6% dos portugueses maiores de 18 anos. De entre o total de utilizadores portugueses, 41,5% estavam no TikTok, igualmente com maior percentagem de mulheres a utilizar a rede social. O seu potencial de alcance poderá ter caído entre janeiro e outubro de 2023, mas cresceu 18,1% depois disso até janeiro de 2024.

  • O que aconteceu do Facebook Messenger – crescimento

Os anúncios do Messenger do Facebook chegam até 4,75 milhões (53,7%) de utilizadores de internet em Portugal, equivalente a 46,4% do total da população, maioritariamente mulheres (53,3%). O seu potencial de alcance em anúncios aumentou 3,3% em 2023.

  • O que aconteceu no Linkedin em Portugal – crescimento

O Linkedin em Portugal totaliza 4,90 milhões de membros. Tal como notámos no relatório global da Datareportal para 2024, o número total de membros na rede social Linkedin não significa que sejam utilizadores ativos. Porém, a plataforma apenas disponibiliza dados sobre os anúncios online com base no número total de membros.

Os utilizadores portugueses no Linkedin representam 47,9% da população total e 56,9% de utilizadores acima dos 18 anos. Ao contrário das restantes redes sociais que já abordámos, no Linkedin estão presentes mais homens (52,2%) do que mulheres (47,8%). Em 2023, a rede Linkedin cresceu 14%.

  • O que aconteceu no Snapchat – decresceu

O Snapchat tem em Portugal 1,04 milhões de utilizadores, o equivalente a pouco mais de 10% da população portuguesa. 11,4 % dos utilizadores maiores de 13 anos usam a rede social, representando 11,7 % dos utilizadores em Portugal.

A larga maioria (58,9%) dos utilizadores são mulheres e 40,1% são homens. De forma geral, o resultado de alcance de público nesta rede decresceu 5,09% em 2023, registando um decréscimo acentuado de 25,4% entre outubro de 2023 e janeiro de 2024. Desconhece-se qual a percentagem de utilizadores ativos. 

  • O que aconteceu no X (Twitter) – crescimento

De acordo com os dados publicados, temos a informação de que existiam 2,01 milhões de utilizadores da rede social em Portugal no início de 2024. Tal significa que 19,6% da população total de Portugal estará no Twitter.

Estima-se que sejam 22% os utilizadores maiores de 13 anos. Independentemente da idade, são 22,7% do total de utilizadores da internet em Portugal. À semelhança do Linkedin, a população masculina prevalece nesta rede (60%), face à feminina (40%). Contudo, esta informação não é totalmente credível, já que a informação recolhida baseia-se, entre outros, por exemplo, no nome de utilizador registado na rede.

Os anúncios veiculados no Twitter chegaram, em 2023, a mais 5,5% da audiência, apesar de ter registado uma diminuição no último trimestre.

  • O que acontece no Pinterest – crescimento

De acordo com os dados relacionados com a utilização de anúncios, o Pinterest tem em Portugal 2,52 milhões de utilizadores, equivalente a 24,6% do total da população portuguesa. Mais de 27% dos utilizadores maiores de 13 anos usam a rede em Portugal. A grande maioria (69,5%) são mulheres. Os dados do Pinterest indicam ainda que a rede cresceu 22,1% no ano passado.

Em suma:

Rede SocialUtilizadores da rede social em janeiro de 2024% face à população portuguesa% face aos utilizadores de internet portugueses
Youtube7,43 milhões72,6%84%
Facebook5,95 milhões58,1%67,3%
Instagram5,80 milhões56,7%65,6%
Linkedin 4,90 milhões47,9%55,4%
Facebook Messenger4,75 milhões46,4%53,7%
TikTok3,60 milhões42,6%*41,5%
Pinterest2,52 milhões26,4%28,4%
X (Twitter)2,01 milhões19,6%22,7%
SnapChat1,04 milhões10,1%11,7%
*Maiores de 18 anos

Depois de analisarmos com maior profundidade os hábitos dos portugueses nas redes sociais, vamos conhecer como se comportam quando pensam em fazer compras na internet.

E-commerce em Portugal

Quando falamos em E-commerce interessa saber o que os consumidores digitais compram e que meios usam nas vendas online. Por exemplo, sabemos que 41% fez uma compra usando o telemóvel ou a internet e 45,4% pagou as suas contas desta forma.

Uma maior percentagem de portugueses tem um cartão de débito (85,5%), mas menos de crédito (38,5%). Independentemente do meio que utilizam para pagar as suas compras, é certo que os hábitos de compras online vieram para ficar.

Mais de 49% dos utilizadores de internet portugueses compraram pelo menos um produto ou serviço online. Desses, cerca de 13% encomendou mercearia online, assim como 11,3% fizeram uma compra em segunda mão. Para facilitar a escolha na hora de comprar, os comparadores de preços são usados por mais de 30% dos utilizadores.

Alguns dados não diferem muito do ano passado, como por exemplo os fatores que influenciam a compra online. A entrega gratuita continua no topo da preferência.

Fatores que influenciam a compra online dos utilizadores de internet

  1. Entrega gratuita (71,7%);
  2. Cupões e descontos (50,3%);
  3. Entrega no dia seguinte (36,2%)

Para além destes fatores, os utilizadores sentem-se mais motivados a concluir uma compra online se tiverem políticas de devolução facilitadas, se oferecerem pontos de fidelidade ou checkout simplificado.

Os clientes valorizam também as críticas e opiniões de outros consumidores (25,9%), entre outras que podem ser consultadas no relatório Portugal digital 2024 da Datareportal.

Os produtos mais consumidos e que maior receita gera são aqueles ligados à moda (1,41 mil milhões de euros) e à eletrónica (1,19 mil milhões de euros).

A maior parte das compras é paga por meios digitais (34%), sendo 25% paga com cartões de débito e crédito ou via transferências bancárias.

Top das 5 lojas online mais procuradas no Google em Portugal

  1. Nike
  2. Apple
  3. Worten
  4. Adidas
  5. Continente

Além destas, constam também no ranking a Samsung, a Ikea, a Leroy Merlin, a Amazon, entre outras.

Comércio eletrónico: Turismo, Saúde e bem-estar crescem e geram mais receitas

O consumo online passa também pelas viagens e turismo, um setor que verificou crescimento em várias áreas. Por exemplo, mais de 1,15 mil milhões de euros são gastos anualmente em bilhetes de avião, um setor que cresceu mais de 30%. Apesar de gerar 11,30 milhões de euros, os cruzeiros foram aqueles que cresceram mais em consumo (mais 43,4%).

Na saúde, damos conta que quase 3 milhões de pessoas recorrem a serviços de saúde digitais, um setor que tem registado crescimento nas suas diferentes vertentes. Mais pessoas (+5,7%) recorrem a cuidados e tratamentos digitais, assim como gastam mais. Por exemplo, 240 mil pessoas recorreram aos serviços de consulta online no ano passado.

O digital está também presente no bem-estar de cada vez mais pessoas. São 3,53 milhões aqueles que usam dispositivos digitais de fitness e bem-estar.

O conteúdo continua a ser REI e tem o potencial de aumentar as vendas online. Contudo, o maior interesse anda em torno dos filmes.

Que tipo de conteúdo é comprado online?

  1. Filmes ou serviços de TV streaming (28,7%)
  2. Serviços de streaming de música (15,9%)
  3. Aplicações mobile
  4. Jogos mobile
  5. Download de música

Ou seja, continua o interesse no vídeo e nos telemóveis, verificando-se crescimento nas em subscrições e downloads pagos de serviços ou produtos digitais

Como os utilizadores de internet encontram as marcas?

  1. Motores de busca (39,6%)
  2. Passa a palavra (35,6%)
  3. Anúncios de TV (35%)
  4. Anúncios em redes sociais (34%)

Além disso, também encontram as marcas através de promoções dentro das lojas, anúncios em sites, em programas de televisão e filmes, nos comentários das redes sociais, entre outros.

A maioria dos utilizadores portugueses (64,4%) mantém um comportamento que é a pesquisa online de uma marca antes de concretizar a compra. E podem fazê-lo através dos motores de busca, redes sociais ou sites de comparação de preços.

Percebendo que os comportamentos online dos consumidores estão a crescer, o investimento em publicidade online também. 55,5% do investimento feito em toda a publicidade, foi investido no online, e os investidores optam por anúncios de pesquisa. De destacar ainda que continua a apostar-se na publicidade feita por influencers: em 2023 o investimento subiu mais de 14%.



Estas são as tendências do digital em Portugal para 2024.

Leia este resumo ou aceda ao relatório original da Datareportal e tire as suas próprias conclusões.

Um outro documento que pode consultar é o relatório de e-commerce dos CTT cujos dados divulgámos no nosso blog. Ainda vai a tempo de rever e adaptar as suas metas para o negócio no digital em 2024.

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Sandra M. Gomes

A Sandra é entusiasta de comunicação, com formação em diversas áreas. Depois do jornalismo dedicou-se à produção de conteúdo digital e no papel. É dedicada ao trabalho, preocupada com o ambiente e apaixonada por gatos.

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