Psicologia das Cores: como usar no marketing do seu negócio

No processo de criação da sua marca, a seleção das cores mais apropriadas para o negócio é um momento de extrema importância. Sim, a escolha da cor não é apenas um detalhe: a Psicologia das Cores, diz-nos que caminho é o mais indicado. Descubra o significado de cada cor.
A Psicologia das Cores estuda a forma como o nosso cérebro identifica e entende as cores de diferentes formas. É por isso que a seleção das cores mais apropriadas para o seu negócio é um momento de extrema importância. Saiba mais sobre o significado de cada cor.

No processo de criação da sua marca, a seleção das cores mais apropriadas para o negócio é um momento de extrema importância. Sim, a escolha da cor não é apenas um detalhe: a Psicologia das Cores, conceito amplamente estudado e debatido por várias áreas do saber, diz-nos que caminho é o mais indicado.

Não existem respostas definitivas, mas este artigo vai ajudá-lo a tomar decisões mais acertadas.

O que é a Psicologia das Cores?

“Este tom transmite-me emoções alegres”. Ou isto: “não sei, não gosto, parece-me bastante agressiva, a cor”. Se nunca disse algo parecido, já ouviu este tipo de desabafos relativos às cores de um logótipo, produto, serviço ou marca. Estas reações estão ligadas a um conceito chamado Psicologia das Cores. O termo é-lhe familiar?

Talvez já tenha pensado no tema, mas não ao ponto de refletir sobre ele exaustivamente. Comecemos, então, pelo início, respondendo à primeira de muitas questões sobre este assunto: o que é a Psicologia das Cores?

Genericamente, trata-se de um estudo que analisa comportamentos/reações humanas quando confrontadas com determinadas cores: emoções, sentimentos ou desejos. Lidas as conclusões desse mesmo estudo, é importante retirar ilações do mesmo, de forma a conseguir usá-las favoravelmente para uma marca. O departamento de marketing, comunicação ou publicidade deverão ser os motores desta empreitada.

Psicologia das Cores: enquadramento histórico

Existem relatos que apontam para uma séria preocupação — há milhares de anos — dos egípcios relativamente a este assunto, tendo-o estudado para melhor tirar partido de benefícios holísticos: vermelho significaria aumento da circulação, estimulando ainda o corpo e a mente; amarelo purificaria a mente e acalmaria os nervos; ou laranja, que proporcionaria um aumento de energia.

Muitos anos mais tarde, entre os séculos XIX e XX, Carl Jung, psiquiatra suíço, ligou as cores a universos como o design, marketing ou arquitetura. O seu processo de tratamento aos pacientes ficou conhecido como “Terapia da Arte”. Era sua convicção que imagens e, sobretudo, cores, poderiam ajudar na recuperação de traumas. Em suma, Jung associou as perceções culturais das pessoas à ideia de que todos temos uma resposta física universal aos estímulos provocados pela cor.

Sabe o que cada cor significa?

Em cima, abordámos aquilo que os egípcios, há vários séculos, percecionavam relativamente às cores. Porém, desde essa altura, muito mudou, com a introdução deste tema em áreas de consumo. Vamos, então, cor a cor:

 – Azul: estimula a criatividade e transmite uma ideia de sucesso e conquista, além de higiene. Não é de estranhar, por isso, que muitas marcas ligadas ao setor da saúde ou mesmo tecnologia tenham esta cor nos seus materiais de comunicação. Muitos especialistas afirmam mesmo que reforça a confiança numa marca. Não é invasivo e gera tranquilidade e segurança nos destinatários.

 – Verde: bastante observada em áreas ligadas ao ambiente e à natureza, traz, a quem por ela é impactada, uma sensação de equilíbrio, harmonia e saúde. Por ser, como o azul, uma cor equilibrada, é usada em hospitais, centros de saúde e produtos de higiene, e é fácil perceber as razões: transmite relaxamento e calma. Em empresas de gestão, banca ou consultoria, o verde lembra coerência, característica bastante valorizada neste universo.

 – Vermelho: paixão e fome. Basta pensarmos nas mais diversas cadeias de alimentação, nomeadamente de comida de consumo rápido, para entendermos o seu significado. Por outro lado, esta cor estimula a ação por ser quente e capaz de prender a atenção dos seus destinatários. É, também por isso, usada em sinalizações de urgência.

 – Laranja: é relativamente comum encontrarmos o laranja em campanhas de publicidade. É vibrante e capaz de, tal como o vermelho, captar a atenção do consumidor. Energia, entusiasmo e estímulo criativo são algumas das suas características. Por derivar do vermelho, é também alegre e estimulante, embora menos agressiva, e, por conseguinte, mais agradável aos olhos. É comum a escolha desta cor recair em marcas que pretendem veicular um espírito jovem e acessível.

 – Amarelo: outra cor que tem pontos de contacto com o vermelho, nomeadamente no que toca ao apetite — mais uma vez, as cadeias de alimentação dão razão a esta ideia. Se, por outro lado, o amarelo viver sem aquele companheiro, transmite otimismo, acolhimento e ajuda a concentração. No marketing digital, os call to actions são muitas vezes amarelos, já que permite ao cliente concentrar-se num ponto específico. É ainda utilizada para sinalizar situações em que é necessária atenção e cuidado.

– Roxo: calma, respeito e sabedoria. Estimula a criatividade e a imaginação e é várias vezes usada em marcas de beleza e lojas que trabalhem o bem-estar, como spas ou clínicas de estética. O roxo tem ainda uma componente ligada ao mistério e espiritualidade.

 – Branco: geralmente associado a tranquilidade, competência, higiene e organização, o branco é uma das cores neutras mais usadas, já que é relativamente simples combiná-la com outras tonalidades, transmitindo solenidade aos conteúdos e destacando, depois, os call to action de outras cores. 

 – Rosa: na mesma linha que o azul ou verde, o rosa divide-se entre tons suaves e agressivos. Existe uma tendência para o associar a delicadeza, proteção, romantismo e inocência quando falamos da sua versão mais leve. Nos tons mais garridos, pretende-se chamar a atenção do consumidor. Podemos observar estas versões em setores que têm como objetivo transmitir modernidade, despertando no público uma vontade de experimentar algo diferenciado. O rosa é ainda uma opção em marcas femininas e infantis.

 – Cinzento: usado para destacar outras cores, regra geral em empresas de tecnologia, gestão, banca ou consultoria. Transmite uma ideia de solidez, formalidade e modernidade. Por outro lado, responsabilidade, conhecimento e profissionalismo.

 – Preto: esta cor destaca-se pela força e elegância. Também se associa bem a outras, sendo por isso muitas vezes usada com esse fim. Pode, ainda assim, transmitir sensações tão distintas como modernidade, conservadorismo, inovação, elegância ou sofisticação.

Psicologia das Cores no branding

O parágrafo anterior é, digamos, sintomático: cada cor tem o condão de transmitir uma determinada sensação. Ainda assim, como também observámos, algumas delas cruzam sentimentos parecidos.

É nesta encruzilhada que se encontra a escolha da cor ou da mistura de várias para a sua marca. O InvoiceXpress já abordou antes este tema e dá aqui, neste texto, mais uma ajuda para que possa chegar a bom porto.

Existem linhas gerais sobre o que poderá funcionar melhor em determinada área de negócio, mas, mais uma vez, serão sempre meras projeções. É, sabemos, uma resposta frustrante, pois não aponta um caminho fechado e conclusivo, mas uma pesquisa exaustiva — o trabalho em branding exige não menos que isso — juntamente com as explicações sobre as cores no subtítulo anterior e o cruzamento de todas estas conclusões darão um sinal mais claro do que é necessário para a insígnia que pretende criar.

Além do trabalho de pesquisa, pode realizar alguns testes a/b para perceber que cores convertem melhor junto do seu público-alvo. O site da marca, newsletter, loja online ou mesmo publicações em redes sociais podem ser analisadas à luz dos resultados que produzem nos destinatários. Esta é, também, uma forma eficaz de auscultar os sentimentos do seu público.

Ferramentas para escolher cores

Existem também alguns softwares que dão uma preciosa ajuda na escolha das cores apropriadas para os materiais de comunicação de um negócio. Vamos a eles?

 – Adobe Color: este programa disponibiliza paletas de cor já prontas e possibilita criar até cinco variações de cada tonalidade.

 – Material Design: software que permite encontrar diversas variações de tons dentro da mesma cor. 

 – ColorZilla: trata-se de um plugin que se instala no navegador de Internet, que permite captar diretamente a cor que lhe possa ter chamado a atenção, sem ser necessário tirar um print da página.

 – ColorCode: através deste site, é possível encontrar cores aleatórias para o seu projeto. Outra vantagem é o facto de disponibilizar o código RGB.


Agora que tem todos os conceitos e ferramentas ao dispor, que cor pretende para a sua marca?

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Ângelo Delgado

Copywriter, escritor e antigo jornalista, pretende ainda escrever guiões para cinema, pois já os escreve para publicidade. Tudo o que esteja ligado à palavra, tem a atenção do Ângelo.

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